terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Quebrando sua Barbie



Uma vez uma amiga minha leu uma passagem de um livro que ela estava lendo que falava sobre mulher e seu corpo, poucos dias depois comecei a reparar nas minhas amigas e sobre a relação delas com o próprio corpo. Algumas parecem estar em luta constante, seja com o cabelo, com o peso, com o que sobra e com o que falta. Dificilmente existe alguma garota que não passo por traumas quando era criança, seja por brincadeiras escolares, onde sempre existe a gordinha, a orelhuda, a magrela, entre outros apelidos, afinal a molecada escolar é sempre criativa, existem as repressões familiares dizendo que sempre tem algo errado com nosso corpo e as imposições da mídia que a cada década muda seu padrão de beleza mexendo com o psicológico de uma ou duas gerações inteiras.
Alem de mexer com nosso senso de beleza, muitas vezes não valoriza a mulher e usa seu corpo apenas como um objeto de adoração sexual.
Defender apenas um tipo de beleza é não observar ao seu redor, não pode haver apenas um tipo de planta, um tipo de comida, um tipo de musica e não pode haver apenas um tamanho de seio, um tamanho de quadril, um tipo de pele.
Afinal, somos o que somos graças aos nossos antepassados, difamar e julgar o físico herdado de uma mulher é criar gerações e mais gerações de mulheres ansiosas e neuróticas. Faz com que as mulheres se privem de conhecer e aceitar seus próprios corpos, de enxergar a beleza em si própria. Já vivemos em uma nação de garotas plastificadas, onde procuram a perfeição dentro da própria insegurança, onde é pressionada a gastar sua energia se preocupando com a quantidade de alimentos que consome, com os números da balança e com essa idéia fixa de se adequar ao estereótipo destruindo sua auto-estima cada vez que a perfeição não é alcançada.
Claro, que se manter saudável e cuidar do seu corpo é uma necessidade de saúde, é preciso cuidar de sua aparência respeitando seus traços, valorizando o seu corpo como ele é enxergando sua beleza natural. Uma mulher não pode tornar a cultura menos machista, ou fazer que a cultura fique mais consciente sem mudar sua forma de agir, afinal o buraco ta muito mais embaixo.
Ela deve mudar a atitude consigo mesma, resgatar seu corpo, não comprar
a ilusão popular de beleza onde à felicidade só e concedida aqueles com certa configuração ou idade.
É preciso ter amor próprio, aceitar seus defeitos, afinal uma mulher segura com seu corpo pode mudar conceitos e opiniões.

- Natha

4 comentários:

  1. Isso já dá uma confusão do cacete na cabeça de um homem, tipo, a gente aprende desde o malfadado colégio a sempre querer a mais gostosa, a que se aproxime mais do modelo... err, que modelo? daonde vem esse modelo?

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  2. a beleza está nos olhos de quem ve, e depois dizem ''a mulher é um bicho complicado''
    mas nós que complicamos ela
    cada uma das 7 cabeças a elas dadas sao cabeças que nós (geral) damos

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  3. Fora quando o muleque fica com a "esquisita" do colégio o que ele é zuado...Existe a imposição do maluco só consumir o padrão de beleza Global. Digo consumir porque é uma relação de consumo mesmo, a relação interpessoal de amizade, companheirismo, cumplicidade, mutialismo é trocada pela ideia do consumo do belo, tendo a noção de belo sendo construída por uma cultura criada pelas mídias (inclue-se a escola como mídia) com intuito de favorecer a indústria. É tudo produção!!!! Porra, tem uma mina na minha sala que fez lipo e colocou silicone com 18 anos...sendo que nem era gorda sem peito...bastava ela fazer exercícios para emagrecer, já que isso incomodava tanto. Daí eu, o idiota, fui falar isso pra ela. Se liga na resposta: Você acha que eu vou ficar fazendo exercício? Quase mandei ela colocar botox no cu pra limpar as pregas!

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  4. Hehehehehehehehehehehe, a verdade dói Marito...

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